Conheça a nossa história !
Em 14 de abril de 1836, a lei n° 37 criou a Escola Normal da Bahia (instalada, em 7 de outubro de 1841, no Teatro São João, localizado no Distrito da Sé no Bairro de Nazaré, embora as aulas tivessem começado a 26 de março de 1842, numa casa hoje não mais existente, da antiga rua do Colégio, esquina para a rua das Campeias).
A maior demora para o início de funcionamento da Escola Normal deveu-se ao envio de professores à França para que fossem treinados na Escola Normal, que formava futuros professores, a fim de que pudessem aplicar aqui as mais recentes metodologias desenvolvidas neste campo. No início de fevereiro de 1841, o presidente da província informava à assembleia legislativa já terem voltado da França, com as respectivas habilitações e seus diplomas, os indivíduos que visavam ser professores da Escola Normal, mas o local para o funcionamento das aulas não estava ainda arranjado, por não ser próprio um dos salões do teatro, como havia sido anteriormente designado. Seu primeiro diretor foi João Alves Portela, que frequentara a Escola Normal de Paris, com estudos custeados pelos cofres provinciais.
O presidente de província, em 1842, afirmou já estarem prontos os arranjos necessários e que a Escola Normal deveria iniciar seus trabalhos em março de 1842.
O curso normal era de um ano, ministrado inicialmente em duas cadeiras: uma mais voltada a procedimentos didáticos, tratava de ensino mútuo e outra, mais de conteúdos, cuidava de leitura, caligrafia, aritmética, desenho linear, princípios da doutrina cristã, gramática filosófica da língua portuguesa com exercícios de análise e imitação dos clássicos.
A Bahia acompanhava assim as mais progressistas correntes pedagógicas da época, que preconizavam formação específica para os mestres e educadores e sugeriam a adoção do ensino mútuo onde não houvesse bastante professores, tomando o poder público a iniciativa neste sentido.
As aulas do ensino primário deveriam continuar sendo de ensino mútuo (ensino através de monitores mais preparados a colegas menos preparados) nos lugares em que se tivesse cem ou mais alunos e de ensino simultâneo (várias séries na mesma), onde houvesse menor concorrência.
Em 2 de agosto de 1850, foi feita uma lei provincial, de n° 403, referente ao ensino e, mais especificamente, à formação de professores. Tal lei elevava a dois anos o curso do professorado e criava a Escola Normal para senhoras, no mesmo prédio da de homens e subordinada ao mesmo diretor, alternadas as lições para os dois sexos. Em um dia, tinham aulas os rapazes, no outro, as moças. Note-se que tal expediente reduzia pela metade os dias de aula semanais, ficando o curso, para cada sexo, com a carga horária de apenas um ano no total.
Desde o início de suas aulas, em 1842, até o ano de 1852, habilitaram-se na Escola Normal baiana para o magistério, 68 alunos e 24 alunas, 92 professores graduados ao todo, numa média de nove novos mestres por ano.
Os governantes demonstravam, com frequência, uma preocupação com a atualização de métodos pedagógicos.
João Maurício Wanderley, na segunda vez em que ocupou o cargo de presidente da província na Bahia, de 1854 a 1855, introduziu ai o Método Castilho, também conhecido como da leitura repentina (é um método de ensino infantil da leitura baseado na utilização de uma cartilha). Foi desenvolvido por António Feliciano de Castilho.
Em 1881, determinou que as Escolas Normais fossem externatos, que em cada uma delas houvesse uma escola primária anexa regida pelo professor de ensino prático de métodos, reforçando a lei 1335/73, e que o curso normal se fizesse em 3 anos. Pela primeira vez, foram introduzidas as Ciências Naturais no currículo.
Projeto do arquiteto alemão Alexander Buddeüs , o Instituto Normal da Bahia, data do ano 1936 a 1939, atual CEEP Isaías Alves , situado na Praça do Barbalho, s/nº (bairro do Barbalho), Salvador - Bahia (Brasil).
Áreas externas muito simples, a escola é ampla, com largas galerias abertas, salas de aula arejadas e uma piscina, obra de inspiração germânica com influência da Bauhaus.
A construção de uma nova escola normal com capacidade para atender a demanda de Salvador e dotada de todos dos requisitos de um verdadeiro centro educacional fazia parte do projeto de modernização da Bahia na época. Originalmente o modelo de referência era o Instituto de Educação do Rio de Janeiro cujo projeto, obrigatoriamente neocolonial, fora ganho em concurso.
Em 1936, é publicado edital de concurso para a apresentação de projetos para a sede do novo Instituto Normal, apenas a Christiani Nielsen apresenta um anteprojeto. O programa compreendia alem de salas de aula, um teatro, campo de futebol, quadras de esporte e uma piscina, tudo articulado por passarelas. O projeto original incluía a demolição de casas em sua frente para a criação de uma praça e construção de um viaduto ligando os bairros de Nazaré e Barbalho, onde se encontrava a escola.
As obras começaram em fins de 1937 e Buddeüs não pode acompanhar, abandona o tratamento expressionista que adotara no Instituto de Cacau, com cantos arredondados e um certo classicismo, expresso na planta e fachadas simétricas. Trabalha agora, com a articulação de volumes puristas brancos, de diferentes tamanhos, como a própria sede do Bauhaus em Dessau, de Gropius. A fenestração é mais livre, com um jogo de grandes painéis envidraçados verticais e janelas moduladas dispostas horizontalmente. Apenas um elemento comum aos dois projetos, o esquema compositivo das fachadas principais do Instituto de Cacau e do Teatro do Instituto Normal. Este seria o último projeto de Buddeüs no Brasil.
O impacto dessa primeira onda de Arquitetura Moderna, patrocinada pela Revolução de 30, em uma cidade ainda colonial, constituída por sobrados e casinhas de uma porta e duas janelas, foi enorme. São construções imensas, envidraçadas, ocupando quadras inteiras.


1º Corpo docente
Arquitetura do Colégio


• João Alves Portella − Foi o primeiro diretor do colégio.
• Dr. Álvaro Augusto da Silva – O grande líder e coordenador da campanha em torno da criação da nova Escola Normal. Ele era professor de Geografia. Dirigiu a Escola Normal de 1930 a 1938. Vitorioso na luta pela criação do Instituto Normal da Bahia.
• Dr. Renato Mesquita – Era advogado e professor de Sociologia, dotado de grande capacidade administrativa. Foi um bom Diretor de uma escola que começava surgir. Depois dedicou-se à justiça chegando a Desembargador, e como tal, Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia.
• Anna Joaquina Bonnati − diretora e professora de gramática portuguesa e métodos de ensino e ciência das escolas, no Internato Normal de senhoras.
• Prof.ª Bernadete Vila Serra de Souza − Tomou posse em 09 de fevereiro de 1990. Professora de Ciências Biológicas. Está no ICEIA desde o Jardim de Infância, como aluna pelo Getúlio Vargas, onde fez o primário passado daí através do exame de admissão para o ginásio e concluindo aí o Magistério. Fez Faculdade e voltou ao ICEIA como Professora. Lecionou até aposentar-se.
• Anísio Spínola Teixeira – Integrou o corpo docente do colégio durante os primeiros anos de sua abertura. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.
• Alfredo Nogueira Passos – Foi professor de Matemática,Estatística, diretor do ICEIA, membro do Conselho de Educação. Mesmo tendo se formado em Engenharia e sendo um dos pioneiros membro do CREA(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) se dedicou quase integralmente à Educação.
Alunos que se destacaram
•Raimundo Varela−Raimundo Varela Freire Júnior é um apresentador baiano de telejornal popular Balanço Geral;
• Lia Mara − Miss Brasil;
• Moacir Prado − escritor e poeta;
• Gerson Macedo − radialista;
•Irmã Dulce − Maria Rita de Sousa Brito Lopes Ponte, melhor conhecida como Irmã Dulce, o Anjo bom da Bahia, foi uma religiosa católica brasileira. Ela notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência dos pobres e aos necessitados.